Em meio ao fechamento do comércio devido a pandemia de coronavírus, muitos empresários tiveram que inovar. O e-commerce é cada vez mais buscado no mercado.
Isto ocorre porque o modelo é acessível, prático e apresenta muitas vantagens, mas é preciso manter-se atento aos principais aspectos da contabilidade para e-commerce. Confira 5 dicas.
Regularize seu e-commerce
A contabilidade para e-commerce começa no momento em que o empreendedor abre sua empresa e realiza o registro do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) na Junta Comercial e na prefeitura de seu município.
Embora seja possível realizar vendas online e cadastrar meios de pagamento com um CPF, ter um CNPJ apresenta vários benefícios para o negócio. Além de passar mais credibilidade e profissionalismo, com esse documento você pode:
– emitir notas fiscais;
– ter acesso a financiamentos e empréstimos diferenciados e com juros mais atrativos;
– comprar produtos no atacado ou de forma facilitada, direto com fornecedores.
Portanto, vale a pena regularizar o seu negócio virtual, sobretudo, para planejar futuros crescimentos: no presente momento, um e-commerce pode ter uma movimentação modesta, porém, quando conquistar mais clientes e tiver um alto volume de vendas, possuir um cadastro em ordem favorecerá uma gestão bem-sucedida.
Escolha o regime tributário ideal
Existem, basicamente, 4 formas de se cadastrar como pessoa jurídica no Brasil. Escolher a modalidade certa para o seu negócio é essencial para otimizar custos e qualificar a gestão da contabilidade para e-commerce.
Lucro Presumido e Lucro Real são alternativas para empresas que faturam até R$ 78 milhões por ano ou mais, respectivamente. Suas alíquotas e tributações são definidas pela Receita Federal.
No entanto, a maioria dos e-commerces de pequeno e médio porte se enquadram nas categorias do MEI ou do Simples Nacional.
Índice
Microempreendedor Individual (MEI)
Empreendimentos que apresentam faturamento de até R$ 81 mil por ano podem optar pelo MEI, a não ser nos casos em que o proprietário seja sócio ou titular de outra empresa. Esse regime é muito adotado por profissionais autônomos, sendo uma boa opção para quem está começando.
Com o MEI, o negócio não é obrigado a emitir nota fiscal por suas vendas ou escriturar livros fiscais e contábeis.
No caso do MEI especificamente, o registro do CNPJ é feito no Portal do Empreendedor. Posteriormente, o número deve ser regularizado na prefeitura. Com relação aos custos, o empreendedor terá que pagar mensalmente um carnê (DAS) com valores que variam de acordo com a natureza do seu negócio.
Simples Nacional
O Simples Nacional é voltado a empresas que ganham até R$ 4,8 milhões anualmente. Nesse modelo, as organizações pagam impostos de acordo com seu tamanho, atividade e faturamento nos últimos 12 meses.
A arrecadação ocorre por meio de uma alíquota que une todos os impostos em uma só taxa. São eles:
– os federais: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI;
– INSS (previdência);
– ICMS (estadual) e ISS (municipal).
A cobrança varia entre 4,5% até 16,93%. Assim, para saber, no fim das contas, quanto você terá que desembolsar, basta aplicar a porcentagem adequada à sua loja virtual sobre o faturamento anual.
Atualize as configurações de taxas
Quando alguém abre seu negócio, ainda que ele seja online, as configurações para impostos são calculadas automaticamente, conforme o país e o local selecionado.
Contudo, um dos grandes trunfos de uma loja virtual é que ela permanece aberta todos os dias por 24 horas e ao alcance de pessoas em qualquer lugar do mundo. Dessa forma, se você decidir crescer e internacionalizar o seu negócio, a contabilidade para e-commerce precisa acompanhar todo o processo.
Cada localidade apresenta taxas de impostos diferenciadas. Para não ter prejuízos, você deve estudar essas cobranças e decidir, previamente, quais são as regiões que a sua loja aceita atender e entregar.
Todavia, há produtos que apresentam exceções de impostos. Nesse caso, a melhor saída é aplicar uma substituição de taxa. Entretanto, se você, no fim, não tiver certeza de qual é o imposto certo para os artigos que comercializa, o ideal é se informar na câmara de comércio ou tirar suas dúvidas com uma autoridade fiscal.
Conheça seu lucro
Acompanhar a movimentação financeira do seu negócio virtual, ou seja, saber exatamente como o dinheiro está sendo gasto e qual é a sua rentabilidade, é crucial para a longevidade do empreendimento. Para isso, ferramentas como o fluxo de caixa são grandes aliadas.
Contudo, conhecer seus rendimentos não é o suficiente. Averiguar também o seu nível de lucratividade é uma etapa importante da contabilidade para e-commerce. Gere relatórios sobre as entradas e saídas de dinheiro periodicamente para descobrir, por exemplo, se você gasta mais do que deveria.
Busque conhecer também seu Lucro Líquido. Esse indicador representa o saldo que resta para a empresa depois que todas as contas e custos são quitados.
Planeje-se para os períodos de tributação
Deixar assuntos de tributação para a última hora é uma grande cilada. Como essa tarefa exige atenção, na pressa, qualquer erro pode acarretar em problemas maiores no futuro ou pagamento de altas multas.
Os períodos de tributação são os mesmos, tanto para o comércio eletrônico quanto para o físico. Um exemplo simples é a declaração de imposto de renda. Logo, a melhor prática é se preparar, organizar recibos e se informar sobre os prazos para entregar documentos e realizar pagamentos.
Fonte: Contábeis
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